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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

sábado, 26 de dezembro de 2009

Dor doída



Sinto uma dor tão doída,

tão doída...

É como se eu tivesse uma ferida

doendo em mim.

Sua dor, agora, anda calada.

Sua fala tão cansada...

Ai, como dói.

DÓI SIM !


quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal

Não se preocupe com presentes.
Esteja presente!
E seja abraçado por muiiitos amigos.
Verdadeiros!

Que seja, assim, o ano inteiro!
Que a amizade você sempre possa retribuir.
Falar quando necessário... MAIS OUVIR!
Eu pouco consigo.
Tenho tantos defeitos comigo...
Mas, os amigos são peças valiosas,
na vida da desvairada e falante Rosa.

A todos vocês, amigos queridos da Maraláxia
Um Natal abençoado.
E que, o ano de 2010, os sonhos sejam realizados,
todos os objetivos alcançados.

Viemos ao mundo com um propósito.
Somos o resultado de um grande projeto.
Do maior arquiteto!

Não podemos decepcioná- Lo.
Vamos comemorá- Lo com alegria.
E que essa alegria perdure em nossos dias.

Sorria, sorria!
Além de você estar sendo filmado...
Você é feliz!

Se você está sem chão.
Fique feliz em ter teto.
Se perder o teto,
aproveite para contemplar as estrelas
e flutue, viaje nos mais loucos sonhos.
Mas, se você estiver ou ficar cego, também...
Aí, você estará frito!

Portanto... Sorria!
Você é Feliz!
Feliz, feliz Natal!
Felizes dias no Ano que se inicia.
Com carinho meu.


quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Natal



Sinto que estou envelhecendo.
As luzes do Natal,
com algumas pessoas que amo,
vão se apagando.
E a
pinga que o peru anda tomando...
Não embebeda mais!


Os assados, da ceia, perderam o sabor,
tal qual o meu grande amor.
Não mais, como antes, o presenteio.
Nem a árvore, que com presentes rodeio,
anda piscando mais.
Os natais não são mais iguais!

sábado, 19 de dezembro de 2009

Triste regresso


Não posso estar bem
Quando tudo ao meu redor rodopia.
Gostaria de sentar, na varanda, com a senhora tia.
E vê-la tocar, com o indicador, seus dentes inferiores.
Relicário!

Vê-la, assim, me angustia.
Desassossegada!
Não tenha medo...
A morte é o descansar.
O ir para não mais voltar.
O cessar sofrimento.
Com os que foram, talvez, reencontro.
O ponto máximo para explicar saudade.

Viver, na realidade, é chegar e partir.
E nesse ir e vir
curto espaço para ficar.
Quando a gente chega...
Já está na hora de voltar.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Parabéns a vocês

Nesses dias doídos
e escuros.
Por sobre muros
eu vejo bem.
Dos amores adquiridos...
Ninguém!
Doentes, sofridos,
na comemoração
da minha vida.
E eu insisto.
Se, assim, eu existo
é a vocês que eu devo.
E é com enlevo
que eu canto :
Parabéns a vocês.
Vocês são especiais
em minha vida.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Em pleno abandono


Ando tão abandonada...
Sem pintura.
Despenteada.

Nem mais um adereço.
E eu sei que não mereço,
abandonar-me assim.

Esqueço infinitos prazeres.
Dispenso muitos deveres.
Aos poucos despeço de mim.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Estrelas caem

Estrelas caem, riscam de luz o céu ventoso.
Tempestade!
E o riacho vira mar
para o bom marinheiro da cidade.

Mau tempo!
Parado em alto mar,
está sendo levado com o vento.

Descansar?
Ah, descansar...
Não é o momento.

Então, rema.
É preciso coragem
para alcançar a outra margem.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Neurônios meus

Enquanto eu questiono a vida.
Meus neurônios questionam o tempo .
Em sinapses interrompidas
aguçam o intelecto
adormecido
e lamentam.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Angústia

Do desconhecido o temor.
A dor.
O sofrimento.
Em ais o lamento.

A fragilidade do ser humano não é segredo.
O cuidado com a saúde.
A consciência da finitude.
O medo.

A incerteza do porvir.
A angustia do que há de vir.
E crer.

Crer que viver é necessariamente sofrer.
Aceitar...
Morrer.

sábado, 5 de dezembro de 2009

A vida é injusta

Eu tenho visto como a vida termina.
Ela me ensina o quão é injusta.
Eu tenho visto que ela te leva.
Antes judia, machuca.

Indigno é o final da vida.
Deprimente!
Já havia te feito doente.
E, agora, tira o teu andar.

Sentada, teu coração a falhar.
Teu pulmão a chiar.
Pneumonia.

Dia a dia te vejo definhando.
E vou observando como a vida termina.
E ela me ensina tia, ela é injusta.

O final é injusto!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O tempo em mim





Eu permaneço igual.
O tempo que passou
por mim
e deformou
a percepção do observador
que por mim passou.
Eu sou a mesma.
Nada
em mim
mudou.

domingo, 29 de novembro de 2009

Piedade

Chove lá fora
e aqui dentro a dor perpetua
Na angústia da noite indormida.
A convalescença doída,
respiração ofegante.
Cansada, o peito chiado, a inalação.
Sem posição para ficar.
Deitada faz sentar, sentada quer deitar.
Pobre coração.
E se dor servir para santificação...
Santa!

Sofro, minha tia querida.
Essa sua dor tão doída
me dói tanto, tanto...
Que nessa madrugada, em prantos.
Eu peço a Deus que tenha piedade.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Dor

No dormitório sem dormidor.
A dorsalgia navega no dorso em flor.
Navega dor.

E o braço dormente,
no triste balanço, a dor dela sente.
E rema... Rema dor.

Dormonides, dorflexs, dorils e dores mil.
Deságua no rio de lágrimas de um sofre dor.
E amanhece o dia, escurece dor.

O corpo vencido e cansado,
no tecido rasgado pelo arpoador.
Arpoa dor, no silencio do sofre dor.

Dor, dor, dor...
Dor de noite e dor de dia.
Tanta dor embutida nessa poesia... Dói a dor.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Planos e planos

Na engenharia e arquitetura do universo

A engenharia do universo eu desconheço, mas aprendi que nele existe um arquiteto que idealiza, projeta e supervisiona planos, independente de nossa vontade.
Somos doutores em leis e cálculos, providos de inteligência e com contas bancárias, às vezes, consideráveis, mas não temos acesso a esses planos e mesmo que tivéssemos não poderíamos mudá-los.
Idealizamos planos e traçamos, assim, outros planos paralelos.

Retiramos do universo energia e cores sonhadas, livre escolha!
Assim, provavelmente, surgem as diferentes construções humanas. Pensando nisso, questionante, em exaustiva madrugada eu revi as cores do meu universo.
Lembrei-me de cores alegres, vivas!
E vi cores tristes e sombrias, cores de uma realidade que eu não queria enxergar ou aceitar, cores que os olhos, muitas vezes, acostumados com as aparências, não conseguem alcançar.

Chorei diante dessas cores. Senti medo!
Abri a janela para enxergar a beleza do verde no jardim da praça, quatro horas e quinze minutos da madrugada.
Ar parado, nenhum verde balanço de folha contrastando com o negrume do céu ou do asfalto abafado.
Nada!
Deixei a janela aberta e voltei o meu olhar para o interior do quarto, a cama vestia cores tristes, tão pálidas... Nela, um ser querido, enfermo, procurava uma posição confortável para descansar, tentava se equilibrar, na cama, como um pássaro ferido em frágeis galhos.
Ali estava minha tia querida, minha tia engraçada, muito amada.
Ali, tão frágil, tão lúcida, tão corajosa!
Balançando em frágeis galhos.

Nós curamos suas asas tia. Cante... CANTE!
Voe perto de mim.
Não voe para longe, não agora!
Por favor...
Os planos?
Eu tinha planos para os próximos dias. Planos que eu estabeleci!
Uma festa ornada de cores alegres, música, amigos, vocês!
Mas, era um plano meu, um plano paralelo.
Não se preocupe tia, meus planos, agora, dependem dos seus e os seus do arquiteto maior.
Ficarei ao seu lado, farei festa, será o meu melhor e maior presente.
Quero aprender a desenhar e pintar a vida com suas cores fortes.

Sentir, de perto, a fragilidade de galhos secos e observar o equilíbrio dos pássaros que com ele vergam e mesmo assim cantam. Encantam!
Aprender que planos superiores existem e c
rença também!
Reforçar valores essenciais.
E um dia, então, quem sabe?

Ter a mesma coragem para alçar o vôo infinito.
Obrigada Tia Anália.
Amo a senhora.

Muito!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Filhas- Mães de mães

Tudo realmente tem o seu tempo.
Chegará o momento de ser mãe de sua mãe.
E nesse momento, então, reviverá cuidados vividos.

Recomponha, então, os sentidos e contenha as lágrimas.
Não há muito a fazer.
Essa sua filha não vai mais crescer.

Não deixe que perceba o seu sofrimento.
A filha, desse momento, é só resignação, bondade.
E na sabedoria, da idade, aprendeu a morrer.
Não deixe vê-la sofrer.

Contenha a dor, s
ufoque a amargura.
Cuide dessa sua filha com ternura
e chore... escondida!
Não deixe, sequer, uma lágrima caída.

Você sempre será, por ela, muito amada, p
rotegida!
Ela não suportaria vê-la chorar.
Então, não chore... o
u chore.
Escondida!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Entre muros a fronteira interna da Alemanha

Uma fronteira corta a Alemanha ao meio, separando o leste do oeste, o comunismo da democracia, a repressão da liberdade, tendo como único objetivo impedir o povo da Alemanha oriental, de regime comunista, de fugir para a liberdade da Republica Federal da Alemanha, no lado ocidental. A situação de Berlim, bastante peculiar, situada no centro da Alemanha oriental, no final da segunda guerra mundial foi dividida em quatro setores. Em 1961 as partes ocidentais foram cercadas por uma divisa fortificada, em torno de 155 km, o Muro de Berlim. Este vídeo mostra o esquema de segurança utilizado para impedir que as pessoas do lado oriental fugissem para o lado ocidental, era uma operação muito cara e complicada. Barreiras incríveis eram feitas antes de chegar ao muro. Muitas barreiras! Para chegar ao muro e escapar da Alemanha Oriental, o fugitivo tinha, antes, de atravessar uma faixa de extrema segurança, a chamada Zona da Morte. Tapetes de aço com pinos de 14 cm de comprimento, o famoso tabuleiro de aspargo ou gramado de Stalin. Torres de segurança, cerca elétrica e alarmes, que ao simples toque disparava. Preocupados, com os coelhos da região, aberturas pequenas foram feitas no muro, bem perto das fundações. Cães de guarda, também, reforçavam a vigilância. Os soldados vigiavam e sabiam exatamente o que estava acontecendo e onde, assim, avisavam os demais companheiros para capturarem o fugitivo.
A noite havia um sistema de iluminação fantástico, que iluminava a área como luz do dia. Nessa “Faixa da morte”, nos fios de arame, existia uma luz de um amarelo intenso que disparava ao simples toque. Havia, também, a luz vermelha, que dimensionava o quanto o fugitivo distanciava do local.
Contavam com mais 160 mil dispositivos automáticos na divisa e atiravam e matavam se alguém se atrevesse a fugir. Coisa de louco!
A área na zona restrita era vigiada permanentemente.
Até a igreja da reconciliação, próxima a faixa da morte, foi demolida para não obstruir a visão dos guardas( hoje, reconstruída). Eram tantos os obstáculos, tantos, antes do muro, que só os loucos, desesperados, atreviam fugir.
Pesadas portas foram feitas no muro, para os guardas do lado oriental inspecionarem a manutenção do muro no lado ocidental, eram tão pesadas que precisavam mais de dois homens para abri-las.
Plataformas de observação foram feitas no lado ocidental, usadas inicialmente pelos soldados ocidentais, depois pelos turistas para observar o lado oriental.
Muitas pessoas morreram tentando essa travessia. Muitas!
Famílias foram separadas, muitos amores e sonhos perdidos, sofrimento. Cicatrizes ficaram!
Que tudo isso sirva de reflexão sobre os absurdos causados pela guerra e que reine a paz e o amor entre os homens.

sábado, 7 de novembro de 2009

Muro de Berlim


Durante muito tempo eu fiquei imaginando como teria sido esse muro, essa separação e, agora, estive perto, vi cicatrizes apenas do que restou, um caminho de paralelepípedos demarcando a linha percorrida anteriormente por êle. Fiquei imaginando como teria sido e embora chovesse e fizesse frio, quis andar por lá, ver o muro restante de perto, fotografar, saber tudo, impossível imaginar tamanha bestialidade. O idealizador do muro foi Walter Ulbricht, chefe de Estado da República Democrática Alemã (RDA). O regime devia ser tão bom, tão bom, que ele precisou dessa muralha para impedir o êxodo de milhares de pessoas para o outro lado, o da República Federal da Alemanha. Vestígios do Muro estão lá, no chão, em acervos nos museus, em pedaços restantes. Cicatrizes, apenas, ficaram, para lembrar o que passou e, hoje, marcam a reunificação de Berlim.


Estas duas fotos é em Checkpoint Charlie, o mais famoso posto fronteiriço entre Leste e Oeste, por onde estrangeiros e diplomatas tinham de passar para chegar a Berlim Oriental. Em junho de 1990, o posto foi desativado. Acima de um casebre mantido até hoje, ainda com os holofotes que serviam para controle, há um alto mastro com retratos de dois soldados uniformizados: de um lado, voltado para Berlim Ocidental, um americano; de outro, voltado para Berlim Oriental, um russo. Ao lado, o museu Haus am Checkpoint Charlie, inaugurado em 1963 na última casa antes da fronteira. Enquanto o Muro existiu, a casa foi um dos principais pontos de apoio a fugitivos da RDA, onde fugas eram planejadas e avaliadas. Hoje, a casa é um museu sobre o Muro.


Neste local, próximo a esse restante de muro, funcionava a sede da Gestapo e da SS, respectivamente o serviço secreto e as tropas especiais de segurança nazistas.

Fotos estão lá, estampadas, contando a história.
Emocionante Berlim.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Portão de Brandenburgo


O portão de Brandenburgo, com 13 metros de altura, foi baseado no Propileu da Ácropole de Atenas e inaugurado em 1791 pelo rei Frederico Guilherme II da Prússia, sendo o portão mais ocidental da cidade de Berlim. No topo dele uma escultura de cobre, a Quadriga, representando Irene, a deusa da Paz, em sua biga da vitória, puxada por quatro cavalos.
Em 1806, Napoleão capturou a Quadriga e levou-a para Paris. Êta Napoleão... Tinha que ser!
Quando a Prússia derrotou Napoleão, a escultura foi devolvida a Berlim, sendo modificada representando Vitória, com o seu bastão gravado com uma Cruz de Ferro, foi recolocada no lugar em agosto de 1814.
Após a 2a Guerra Mundial, o Portão de Brandenburgo, que era símbolo de orgulho e conquista tornou-se símbolo de uma nação dividida, fazendo parte da linha divisória e ficando situado em Berlim Oriental,. Em 1956, o governo de Berlim Oriental decidiu restaurar o pórtico e a estátua, a Quadriga, sendo que, o molde da estátua pertencia ao governo de Berlim Ocidental, assim sendo, ele deu uma nova versão a estátua, sem a Cruz de Ferro. Quando a fronteira entre Berlim Oriental e Ocidental foi fechada, em 1961, o Portão de Brandenburgo foi o primeiro ponto a ser trancado, tornando parte do Muro de Berlim.
Quando o Muro de Berlim caiu e a Alemanha foi reunificada, com as comemorações, em frente ao portão, a Quadriga foi danificada. Posteriormente ela foi restaurada e olhem lá:
Lá, está ela!
Imponente, maravilhosa, soberana, com a Cruz de Ferro de volta no bastão da Vitória.
Vitória mesmo!
Não consigo imaginar Berlim dividida.
É uma cidade linda!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Ser borboleta


Uma pequena larva.
No jardim da infância,
de boas folhas se alimentava.
Seria borboleta, ela sonhava!

Quando a larva mudou de tamanho
Tudo ficou estranho.
Ela foi parando, parando...
Sem culpa!

E, como pupa, sentiu o mundo apertado.
Oprimida e silenciosa...
Perderam o sentido as verdes folhas,
das margaridas e das rosas.

Solitária em seu casulo, no escuro, se debatia.
Buscando a luz do dia em toda direção.
E aconteceu o milagre.
A transformação!

Acrescentando, ainda, a esse meu poeminha, minha querida borboleta...
Diz que, certa vez , uma borboleta perguntou a Deus:
Por que... Por quê?
E Êle respondeu:
-Minha borboletinha querida...
Poderia tê-la trazido ao mundo pronta.
Ornada de todas as cores. Eu sei quais são suas cores preferidas.
Mas, Eu preferi presenteá-la, você ME entende?
Dei-lhe SABEDORIA!
Você sabe como vive uma larva, conhece a agonia da apertada pupa, e agora, minha querida, experimenta a alegria de transformar-se em Borboleta.
Um beijo do jardim da vida.
Onde Deus já a abençoou.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Castelo de Neuschwanstein

Castelo de Neuschwanstein

A região do castelo de Neuschwanstein, na Alemanha, é linda. O castelo fica próximo a cidade de Fussen, sudoeste da Baviera, a poucos quilômetros da fronteira com a Áustria, rodeado de árvores centenárias, lagos, rios.
O lugar é lindo, tão lindo que inspirou Walt Disney na criação de " O Castelo da Cinderela ". Contruído no século XIX por Luís II da Baviera ( Ludovico) .
Êle construiu vários castelos, deve ter sido um sonhador, mas foi considerado insano, mesmo sem ter sido examinado, pela Comissão de Estado, aprisionado no castelo e encontrado misteriosamente morto, afogado, em junho de 1886, nas águas do Lago Starnberger. As circunstâncias da sua morte permanecem inexplicadas.
Newschanstein significa "
novo cisne de pedra ", uma referência ao cavaleiro do cisne, ópera romântica de Lohengrin de Richard Wagner, seu amigo.
Difícil falar ou descrever a magia desse lugar.
Emocionante a mistura de cores das folhas caídas ao chão. Emocionante espetáculo quando o sol surge, a neve derretida despenca dos alpes em lagos e rios que rodeiam o castelo, parecendo lágrimas que, saudosas, louvam a suposta insanidade de Ludovico.
Também louvei e chorei...

de emoção!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Aguardem-me!

Volto logo, com coisas boas para contar. Saudosa já, mas muito feliz, realizo uma viagem de sonhos. Aguardem-me!
Mais uma vez eu quero dizer-lhes
que:

Eu não sou nada.
Sou um pedaço de sonho.
Eu sou o meio do começo.
O fim que eu não conheço.
Nada!

Sou a inacabada prece.
No sorriso que fenece
Na angustiante madrugada.

E de nada em nada...
De angústias em angústias
Em uma das tantas madrugadas...
A Maraláxia surgiu.

A angústia não sumiu.
E, dos polêmicos poemas,
outros temas, outros textos.
Pretextos!

Não, não foi por nada...
Deixei, aqui, um pouco do meu ser.
Se, alguma vez, eu magoei
foi sem querer.

Gostaria de ser perfeita e plena.
Minha alma se pequena...
Perdoem-me!
Eu não sou nada...

Sou beijo solitário na madrugada.
E, hoje, em especial, eu beijo vocês.
E peço que aguardem-me.
Mesmo que... por nada!

Com muito carinho.
Fátima

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Loucura além

Sou tudo o que você gostaria de ser.
Tenho tudo o que você gostaria de ter.
Diante da sua ilucidez
sou a loucura desenfreada.

Posso ser tudo.
Sou a verdade.
Da minha vida eu não escondo nada.
Nunca enganei ninguém!

Se me fiz de louca
Foi por alguém.
Que da loucura
foi além.

sábado, 3 de outubro de 2009

Kipling

Palavras de Rudyard Kipling.

Rir é arriscar-se a parecer doido.
Chorar é arriscar-se a parecer sentimental.
Estender a mão é arriscar-se a comprometer-se.
Mostrar os seus sentimentos é arriscar-se a se expor.
Dar a conhecer as suas idéias, os seus sonhos,
é arriscar-se a ser rejeitado,
Amar é arriscar-se a não ser retribuído no amor.
Viver é arriscar-se a morrer
Esperar é arriscar-se a desesperar.
Tentar é arriscar-se a falhar.
Mas devemos nos arriscar!
Rudyard Kipling

E, assim, eu passo a vida me arriscando.
Bom arriscar.
Tente!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Rumo ao velho mundo

Quero que perdure essa alegria.
Para encher meus dias
dessa ânsia desassossegada
de arrumar as malas para ir de encontro ao velho mundo
que, em um segundo, me deixa tão feliz...
Viajar!

Quero essa pressa de sonhar sem pressa.
Quero a vida que me apressa em sossegar.
Quero aproveitar os lugares com conhecimento
e fazer o meu contentamento viajar.

Viajar...
Viajar...
Sem pressa de voltar.

domingo, 27 de setembro de 2009

Triste acontecimento


Quanto mais eu penso no ser humano mais eu encontro mistério.
Livre arbítrio!
Mas, atravessar o futuro, interromper a vida...
Foi assim que, na semana passada, um colega de turma resolveu interromper a vida da esposa e a dele. Não consigo escrever sobre tamanha tragédia.
Falar sobre ele significa falar de uma pessoa aparentemente calma, cumpridora dos deveres, enquanto fomos colegas.
O que aconteceu depois ou o que pode tê-lo levado a agir assim, eu não sei. Não consigo entender.
No próximo encontro haverá um espaço vazio. De forma trágica ele resolveu partir deste nosso mundo.
Por querer?
Não sei, a mente humana é misteriosa, perigosa, confusa e muitas vezes angustiante, desesperadora... Triste!
Sinto muito, muito mesmo!
Que Deus tenha piedade do seu desespero.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Antoninho emotivo

E a emoção toma conta...
Sua voz embargada em saudades.
Você, sempre, nos emociona
com a sua sensibilidade, com a sua poesia.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Disparada

Graças pela graça da sua vida.
Amamos você, parabéns!
Com carinho de todos nós.

domingo, 20 de setembro de 2009

Devaneios tolos

Apagar o candeeiro do desprezo.
Acender os imensos olhos do desejo
e fazer da vida
a perdição.

Tocar as suas mãos.
Senti-las macias.
As mãos que, um dia,
iludiram as minhas mãos.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Quem planta colhe

Suas mãos tão pequenas
Foram econômicas no afago,
ou, talvez, pesadas no castigo.
Preocupada em reclamar,
esqueceu de amar
e ensinar que o lar é o melhor abrigo.
Vejo-a triste e penso comigo,
sobre mágoas e rancores.
Suas dores revivem uma lição antiga:
Colhemos o que plantamos na vida.
E, por saber da colheita, eu estou aqui!
Quero semear as sementes que
do meu lar eu colhi.
Sim, vocês me machucaram.
Marcas ficaram, eu sei.
Já perdoei!
Quem planta colhe.
Deixe-me socorrê-la...
Um dia quero colher o que eu plantei.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Jabuticabeira



E a fruta tipicamente brasileira.
Vira brincadeira no quintal.
Oferece a sobremesa in natura
Traz momentos de ternura,
faz brincar.
E as crianças vão chegando.
E também brincando...
Descobrem o fascínio do lugar.

sábado, 12 de setembro de 2009

Cleuza

Cleuza ela chamava.
Cada pulo que ela dava
Era seguido de três pulinhos,
Coçava a bunda e, depois, cheirava os dedinhos.

A mamãe dizia que Cleuza era doente.
Não só coçava
Mas, também, rangia os dentes.
Tinha tic nervoso!

Tinha bichos ENORMES na barriga:
Lombrigas!
E bichinhos bem pequeninos no fiofó.

Nunca mais ri da Cleuza.
Coitada...
Que dó!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Ensaio a loucura

Primeiro ensaio a loucura.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Há de ser nada



Pássaros cantam.
E o sol sorri
um sorriso amarelado.

Como se estivesse chateado,
atrás das nuvens,
se esconde.

E o vento balança...
E as orquídeas no coqueiro dançam,
querendo trazer um pouco de alegria.

E os meus pensamentos voam até Deus,
nas nuvens escurecidas.
Esperando que minhas preces sejam atendidas.

Há de ser nada...
Há de ser nada!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Poema ao ausente

Não direi mais que sinto sua falta.
Se eu não faço falta.
Ou se minha falta é tão indiferente assim.

Não direi mais que minhas lágrimas correm.
E em meus lábios morrem
Salgadas, enfim!

Não direi mais que,
quartos fechados
Espiam sonhos guardados em mim.

Não falarei mais de meus medos.
Nem inventarei segredos
para chamar sua atenção.

Salgarei meus lábios
Sozinha!
Com as lágrimas da minha solidão.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Independência

Encontraram Belchior... Sério!
Acompanhava D Pedro
do Rio de Janeiro a São Paulo como sacerdote.
Está vivo, teve sorte!

Fico imaginando D Pedro todo pomposo.
Em seu cavalo glamuroso a espada reluzente sacando.
Nas margens do Ipiranga berrando:
Independência ou morte!!!!

Ledo engano, segundo a piada.
Suando frio, D Pedro, entrou no mato para dar uma aliviada.
Foi uma parada breve, solicitou o NEVE e o súdito demorou, demorou...
E irritado ele berrou:
QUE INCOMPETÊNCIA, TÔ SEM SORTE!

Suando frio...
Aquele mato, aquele rio...
E, do berro, o mal entendido, o sofrimento.
Milhões de libras esterlinas Portugal exige como pagamento.

E para tornar a colônia independente
O príncipe regente paga o preço de quem berra.
Recorre à Inglaterra!
Todo estressado toma, dela, o dinheiro emprestado.

Começa, assim, a história da dívida externa.
A culpa foi do NEVE!!!
Era uma vez
o grito de um português!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Tocando em frente

Com carinho...
Aos amores da minha vida.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

RETRATO

Há retratos na parede
São tão firmes, tão seguros
Tantas grades, tantos muros
Minha vida, minha sede

Portarias, sinos, tempos
Muitas gentes, muitos tudos
Dizem, gritam, estão mudos
Buscam vidas e tormentos

Um retrato na parede
Muita gente, muito tudo
Tanta grade, tanto muro
Busco a vida sem tormento.

Paulo Miau


A maraláxia não vai fechar
... Escrevam!
Ainda há tempo!
Beijos e obrigada pela colaboração.
Vocês me incentivam, estimulam a continuar.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Silêncio não manipulado

Diz-me para manipular o silêncio.
É mais sábio!
Eu sei... já me disseram!
Para tudo há o momento certo.
E, assim, espero.

Saboreio as palavras e a escrita.
Se, eu articulo as palavras não sei.
Não penso e... Já falei!
Desvairada e audaciosa Rosa.

Não sou sábia!
Se eu fosse eu pensaria.
Falaria menos, ouviria mais!
Eu sei...

Mas, eu não quero ser sábia!
Eu teria que pensar.
Teria mais interrogações.
Dúvidas, nas respostas, a dar.
Sentimentos reais eu articularia.
O meu ser eu desgastaria.

Não, eu não suportaria!
Não sou sábia e o silêncio não manipulo.
As palavras eu não engulo.
Não consigo!

E as pessoas que seguem comigo
Aprenderam a me compreender.
Que na vida não basta mostrar ser.
Tem que ser... Tem que ser!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Ao desconcerto do Mundo

É isso aí, desde a época de Camões.
Desde sempre!
E , sempre, assim será!


Ao desconcerto do Mundo( Camões)

Os bons vi sempre passar
No mundo graves tormentos;
E para mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.

Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só para mim,
Anda o mundo concertado.

Luís de Camões

domingo, 30 de agosto de 2009

Rui Barbosa - e agora José?

Senti vontade de abraçá-lo.
Angústia, vontade de chorar.
Desesperado, andando de um lado para o outro.
Perdido!

Como se a vida não tivesse mais sentido.
Sozinho!
Em um caminho de sonhos desfeitos.
Projetos irrealizáveis em meios imperfeitos!

Sei que sonhou com a política bem feita
... Utopia!
Sei que tem aversão pela vida parasitária.
E faustosa da “corte”.

Tem um nobre coração.
Neste circo de corrupção... sorria!
Porque, nas ruas, tem o seu trabalho bem feito.
As pessoas conhecem o seu defeito: HONESTIDADE!
Você é um homem de verdade!

Hoje, ao vê-lo acuado, andando de lado a lado.
Triste, no eldorado da Rosa, lembrei-me de Rui Barbosa:
De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”.

Não tenha vergonha de suas atitudes.
Você possui as melhores qualidades.
Virtudes!
A injustiça, e poderosos príncipes, perpetuarão.
E os bons Homens sofrerão
... Injustiças!

sábado, 29 de agosto de 2009

Coração

Sou ingênua diante da razão.
Eu não penso, falo.
Embalo na busca incontida.
E ao ser assim, na vida, assusto.
Sou arbusto.
Vegetal lenhoso.
Procedente da rosa.
Sou Rosa!
Dengosa, cheia de prosa.
Carente.
Inocente.
Sou a própria loucura.
Não tenho cura!
Debocho da sabedoria.
Mas, a invejo!
Sou provida de palavras.
Não penso!
Deixo-me levar pela emoção.
Em um corpo humano.
Sou coração.
Mais nada!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

BEBO PRA ESQUECÊ OS POBREMA


Cada veis que eu me alembro.
Me dá uma vontade de chorá.
Foi numa tarde de terça-feira.
Quando cumeçamo armuçá.

Minha linda sogra chorando.
Distampô a me falá.
Eu quéta engolia,
me puis, então, a iscutá.

O assunto prolongô.
A mágoa veio e vortô.
Distampei a me daná.
Um tar de brasão
ranhô meu coração.

Meu marido espantô,
quando a véia falô
Que o brasão que era dele, e não meu,
Prum primo dele ela deu.

... Escafudeu.
Ai meu Deus que, confusão!
Apertô meu coração.
Quando um murro, na mesa, ele deu.

O prato subiu,
o prato desceu...
Ninguém mais cumeu!

A véia distampô a chorá.
Meu marido a recramá.
Meu sogro, coitado, a iscuitá.

E a empregada véia a mi consolá:
Não chore não dona Fátima.
Veja bem que conteceu.
Meu avô ficô doente, de pnimunia morreu.

De herança, êle dechô.
Um retrato, o meu avô.
A herança foi um pobrema.
Pió que esse embrema.
Sabe onde tá o retrato dele?
Coitado...
lá, na tuia, amoitado!

Não chore não...

Cada veis que eu me alembro.
Me dá um vontade de chorá.
Lá na tuia o retrato.
Lá não é lugá prele ficá.
Isso sim é pobrema!

Esqueça esse embrema...
Tudo vai se arresorvê,
mió a sra esquecê!

Hoje, quando, eu me alembro.
Me dá uma vontade de chorá.
Quando alembro da minha pobre mãe.
Que se punha a me consolá.
Mas, quando me alembro da véia...
Daquela terça mardita.
Meu coração té parpita!

Aí sim vem o pobrema.
Me alembro do embrema.
Ai meu Deus que, confusão!
Me dá um aperto no peito.
Uma dor que vai doendo.
Vem debaixo e vai crescendo.
Arranha o meu dedão
e alambe meu coração.

E, assim, eu vou vivendo.
E, sofrendo, eu vou bebendo.
Bebo pra esquece o embrema.
Bebo pra esquece os pobrema.

Eu bebo pra esquece meus pobrema!
Bebo sim!!!
Sem embrema e sem pobrema.
E daí?
EU BEBO!


7 de dezembro de 2006

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Tristes estratagemas

O Criador fez o dia com as horas contadas.
Para que fossem utilizadas para o bem.
Mas, ainda, há quem
Faça hora extra para cuidar da vida alheia.

O mal semeia!
Não consegue parar a maldade.
E com tal lealdade tem o companheiro.
Parceiro de crueldade!

Doentes, inocentes, pagam pecados.
Em vida são purgados!
A cada ataque do insano, o medo, o arrepio.
E o insano continua, mostrando força, poderio.

Ah, o gozo, diante das supostas vitórias...
Glórias são dadas à humana degradação.
E em perfeita colusão,
eles seguem!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Doido lampejo

Doido lampejo...
Nos olhos azuis eu vejo
A loucura definida.
Dona da vida, segue a insana!
Nada teme.
Nada ama.
Odeia!
Angustiante
Ver a sua atitude.
Se ódio fosse virtude
O melhor ser humano ela seria.
Mas, semeia ódio.
Desarmonia!
Ninguém a detém.
Ninguém consegue!
E a insana...
segue!
E em um triste lampejo.
Nos cintilantes olhos azuis eu vejo
Ódio!

domingo, 23 de agosto de 2009

Meu tesouro


E me perguntaram o quê , tanto, eu fazia aqui.
E eu disse que, aqui, eu possuía um tesouro.
Com tanto ouro, tanto ouro, tanto ouro...
Mas, com tanto ouro!

E quando eu percebi que ouro polia.
Eu passei a vir aqui todo dia, todo dia!
E comecei a poli-lo, poli-lo...
Para ver-me no reflexo do seu brilho.

Das vezes que eu vim aqui, perdi a conta!
Há muito tempo do tesouro eu me dei conta.
Enlouqueci afortunada, mergulhei no ouro, tresloucada.

E quando perguntam o que, tanto, eu faço aqui.
Eu digo que, aqui, no eldorado das Rosas
Possuo o maior tesouro de ligas preciosas.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A lista

Para refletir, com muito carinho.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Rosa


Era uma Rosa, pelo Sebastião, muito amada.
Entre eles nunca se ouviu uma discussão.
Nada!
Imagino que tenha sido nas águas de março.
Era noite e em laço...
Fizeram amor!
Começava assim outra rosa.
Naquela casa outra flor.
Naquele chão batido.
Naquela poeira...
O choro em dezembro.
O bebê, mamadeira.
Foi como as águas de março
Fechando o verão.
Foi uma das últimas noites de amor
Naquele casarão.
Sebastião partiu cedo, foi antes.
Sozinho!
Ficaram as rosas
Chorando baixinho.
Quando chega dezembro....
De março eu me lembro e penso no amor.
Promessa de vida.
Em nome de flor.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A morte de Euclides da Cunha

Amor à força
Tragédias atuais repetem morte de Euclides da Cunha
Por Luiza Nagib Eluf
Em 15 de agosto de 1909, portanto há exatos cem anos, morria o escritor, jornalista, engenheiro e professor Euclides da Cunha, em um desastrado confronto por ele mesmo provocado com o amante de sua mulher, Ana. O famoso autor do livro Os sertões tentou matar Dilermando de Assis, tenente do Exército e exímio atirador, surgindo de surpresa na casa do rival, no bairro de Piedade, na cidade do Rio de Janeiro, onde sua mulher havia passado a noite.
Ensandecido de ciúme e instigado por parentes e amigos a “acertar as contas”, Euclides chegou à residência de Dilermando completamente fora de si, portando um revólver que conseguira emprestado. Foi entrando e gritou “vim para matar ou morrer”. Dilermando correu ao seu quarto para vestir-se, pois estava em mangas de camisa e queria usar a farda para enfrentar “o doutor”, como o chamava. Não teve tempo de abotoar o colarinho. Euclides o localizou rapidamente, arrombou a porta com um chute e atirou em predeterminada direção, alvejando Dilermando na virilha. O tenente procurou tirar a arma da mão do agressor, mas, debilitado, não conseguiu e foi novamente alvejado, desta vez no peito. Nesse momento, o irmão de Dilermando, o jovem Dinorah, que também morava na casa, intercedeu tentando desarmar Euclides. Não teve êxito e ainda foi alvejado por Euclides na nuca. Nesse ínterim, o tenente, usando todas as forças que conseguiu reunir, pegou sua arma de fogo que estava sobre o armário do quarto e atirou no pulso de Euclides, para fazê-lo cessar o tiroteio, mas não foi bem sucedido. Embora tenha sido ferido, o escritor não perdeu os movimentos e atirou novamente contra o rival. O tiro não saiu. Acionando outra vez o gatilho, agora com êxito, Euclides feriu Dilermando nas costelas direitas, causando-lhe imensa dor. Alvejado três vezes e percebendo que iria morrer, Dilermando atirou para matar. Sua pontaria certeira fulminou Euclides, que caiu na soleira da porta. Faleceu alguns minutos depois.
Dilermando foi levado ao hospital apenas depois de prestar declarações ao Delegado de Polícia, situação impensável nos dias de hoje, pois um homem ferido deve ser socorrido antes de mais nada. Ainda assim, sobreviveu. Ana, que estava escondida no quarto dos fundos e tinha um filho pequeno nos braços, viu-se abandonada por todos ao final do embate. Sozinha, carregando o bebê sob forte chuva, saiu a pé da residência de Piedade e rumou para a casa de sua mãe, que não quis ampará-la para não manchar a reputação do pai, o General Sólon Ribeiro.
Na ocasião da morte de Euclides, a opinião pública e parte da imprensa culparam Dilermando pelo ocorrido. Era evidente que o tenente havia matado para não morrer, mas a execração social devia-se ao fato de Dilermando ter se relacionado com uma mulher casada, e casada com um dos homens mais respeitados do país.
Foi, de fato, uma pena Euclides ter morrido daquela forma, mas lástima ainda maior é perceber que a cultura patriarcal e o preconceito contra a mulher continuam fazendo vítimas de crimes passionais em nosso país.
Algum tempo depois do confronto, Dinorah, que se encontrava na flor da idade, desenvolvia brilhante carreira na Escola Naval e vinha se destacando como jogador de futebol do Botafogo, ficou paraplégico em consequência do tiro na nuca. Isso destruiu sua vida. Ele se matou.
Dilermando foi preso, processado e julgado por homicídio pela Justiça Militar. Terminou absolvido por legítima defesa. Ao sair da prisão, casou-se com Ana.
Foram muitas tragédias em uma. Em 1916, por volta das 13 horas, Dilermando estava no Cartório da Vara de Órfãos, pleiteando a guarda de Manoel Afonso Cunha, filho de Ana que se encontrava com familiares de Euclides, quando ouviu uma detonação atrás de si, seguida de forte ardor. Suas pernas fraquejaram, a vista turvou-se e sobreveio grande mal estar. Voltou-se e distinguiu um vulto vestido com uniforme de aspirante da marinha. Era Euclides da Cunha Filho, aos dezoito anos, procurando vingar a morte do pai. Dilermando esperou que algum dos presentes desarmasse o rapaz, mas todos fugiram. Novo tiro nas costas. Percebendo que não mais poderia permanecer inerte e lamentando profundamente tratar-se do filho de sua mulher, Dilermando sacou sua arma e atirou três vezes. Em seguida, desmaiou. Euclides da Cunha Filho morreu, Dilermando se restabeleceu. Os jornais da época atribuíram-lhe “resistência hercúlea”.
Sobre o amor que sentia por Ana, Dilermando declarou ao jornal Diário de São Paulo que seu único pecado foi “ter amado, aos dezessete anos, uma mulher casada cujo marido não conhecia e se achava ausente em paragens longínquas”. Ana tinha trinta anos quando conheceu Dilermando e se apaixonou por ele.
A esposa de Euclides jamais o enganou, não o “traiu”, como se alegou à época e até hoje alguns repetem. Ela contou ao marido, assim que ele retornou de Canudos, que se encontrava enamorada de outro homem e queria separar-se, mas Euclides não concordava com isso.
Recentemente, Eloá Cristina Pimentel foi assassinada pelo ex-namorado Lindemberg Alves, após permanecer em cárcere privado por cinco dias, em um deplorável espetáculo televisionado em tempo real para todo o Brasil, somente porque resolveu romper a relação. Algum tempo antes, o jornalista Pimenta Neves assassinou Sandra Gomide, sua ex-namorada, pelo mesmo motivo: a moça pôs fim ao namoro.
Não é possível obrigar alguém a gostar de quem não gosta. Da mesma forma, não se pode evitar o amor quando ele surge entre duas pessoas. Nossa sociedade ficará muito mais saudável e evitará numerosas tragédias quando modificar certos valores, ensinando os homens a controlar o ciúme e permitindo que todas as pessoas, inclusive as mulheres, sejam livres para amar.
http://www.conjur.com.br/2009-ago-10/tragedias-atuais-repetem-movimentos-morte-euclides-cunha

Um dos mais belos escritos- Escrito por ANA

E ainda perguntam porque eu tenho tanto orgulho da minha vida? Porque eu tenho tudo isso:
VOCÊS, ANA!
Olhem isto, olhem! Escrito pela Ana em um dos muitos momentos de ternura e gratidão. Obrigada Ana, por todos nós.


DIA DAS MÃES

Quando se é mãe, tudo muda na vida da gente. Desde que tive filhos, eu não sou mais a mesma pessoa de antes, certamente. Com a maternidade eu me tornei melhor em todos os aspectos: mais serena, mais humana, solidária, menos egoísta, enfim, mais feliz! Parece bobagem dizer isso, mas ter um filho é realmente sentir a presença viva de Deus dentro da gente. Só quando se vive essa experiência é possível entender inteiramente seu significado.
Mas o que dizer das mulheres que não geraram filhos biológicos, não passaram por uma gestação, não esperaram ansiosamente a chegada de um bebê, não amamentaram uma criança nem passaram noites em claro, mas mesmo assim exercem a maternidade por toda a vida? Eu tenho uma tia que vive isso, todos os dias, e por ela eu tenho um respeito imenso e uma admiração maior ainda.
Eu poderia descrevê-la assim:
Mãe do meu avô, que nos deixou tão cedo. Pelas cartas que já li, ela era o porto seguro do pai que, no fundo, sabia que deixaria precocemente a família. Em uma delas, que guardo com carinho na minha memória, ele contava que ela tinha agora mais um irmão e que ele seria batizado com o nome de José Luís. Nessa mesma carta, ele fala da saudade que tinha dela e da força que ela deveria empreender nos estudos para ajudar os irmãos.
Mãe do irmão mais velho, que já se foi há alguns anos. Sinto que ela nunca se recuperou dessa perda. Mãe da sofrida família que ele deixou.
Mãe da mãe (minha querida avó, outra linda alma que Deus nos presenteou), das tias-mães (trabalhadoras abnegadas, dedicadas dia e noite à criação dos sobrinhos) e dos outro quatro irmãos. Todos sempre dependeram dela, da sua proteção, do seu amor.
Mãe de todos os sobrinhos, mãe dos sobrinhos-netos, das amigas da igreja, dos vizinhos, de uma cidade inteira...
Ontem, no dia das mães, quando falei com ela por telefone, eu chorei... chorei porque essa bonita história de vida me comove, e à medida que eu envelheço me comove mais ainda. Senti muito por ela não ter construído sua própria família, não ter gerado seus próprios filhos, não ter vivido por ela mesma nem um minuto ao longo desses setenta anos. Algumas vezes percebi que ela gostaria de ter se permitido isso. Talvez hoje ela tivesse filhos e netos, um casamento, um marido, algumas outras histórias para contar. Mas será que ela teria sido mais feliz?
Tive pena porque queria que ela vivesse a experiência que eu vivi e vivo a cada segundo, e que todas as mães sabem qual é. A magia de se apaixonar perdidamente por aquele pequeno ser que acaba de surgir e por ele dar a sua vida desde o primeiro momento. A maravilha de não saber onde aquele amor começou mas ter a certeza de que ele nunca terá fim.
Quando mais tarde eu parei para pensar, vi que talvez eu tenha me enganado. Acho que a missão de Deus para ela era muito maior. Ela é mãe no sentido mais amplo e mais valioso ainda; uma tarefa que só é possível a uma alma grande e generosa como ela é. Ser mãe de todos nós! E sentir por cada um de seus filhos adotivos, esse amor incondicional e infinito.
Queria ter dito isso a ela, a essa minha tia querida, mas eu não consegui. Queria ter falado do meu amor por elas todas, por aquela casa, aquela rua... queria ter lembrado da minha infância, das minhas férias ao lado delas, dos meus primos.... é uma pena que tudo tenha sido tão rápido! Queria ter dito que me alegro ao ver meus filhos naquele quintal, mesmo que tão poucas vezes. Queria ter ouvido histórias da infância do meu pai, dos meus tios e avós. Mas a emoção não permitiu! Acima de tudo, queria ter anunciado a todos que pudessem me ouvir que ontem o dia foi dela também. Dela e de todas as grandes mulheres, quase santas, que fizeram da vida um exercício incessante de amor e doação!

Ana.
Brasília, maio/2009.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Destilado deste lado

Destilado em poemas

Deste lado
Quando a tristeza eu pressinto.
No absinto eu curo a mágoa.
E nessa água...
Não há quem alegre não fique.
Nesse alambique
tem alegria.
Quem sabe um dia...
Todos retornem
para trabalhar deste lado.
Aí, então, abrirei as portas
em quartos fechados.
Já chorei, já sofri, senti frio...
Sofri baques!
Aqueci-me em Whiskes e conhaques.

Bebi Barack.
Não foi Obama!
Sofri e chorei como quem ama.
E nessa lama...
O destilado!
Numa golada enchia a boca
De Maria louca à repreensão.
Quase paulada...
O safanão!
E na tequila, na grappa, no rum...
No Steinhäger , no Gim...
E foi assim
Que eu bebi e que chorei.
E chorando encontrei-me deste lado!
Estava guardado.
Estava latente.
Na aguardente...
Meu outro lado!
Escondido procurando abrigo
... no Destilado!

sábado, 8 de agosto de 2009

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Comentário do Paulo em poema

E no barzinho da Maraláxia... Quer dizer, no ponto de encontro da Maraláxia,
Paulo escreve um comentário em poema.

Vida,oportunidade de encontro,
conciliação!
Morte,nunca mais como era antes,
separação.
Corpo morto,
Mente ausente.
Frio, rígido,
Inconsciente.
Sem dor, sem sonho,
Sem PRESENTE...
Mas, quase sempre,
Morte, perdão e união - descanso
Vida, intriga e separação - luta
A vida
A ternura
As brigas
A agrura.
Tentar esquecer
Querer se lembrar
De como é querer
Viver e amar.
Viver procurando
Sofrer expressando
Projetos futuros
Sem falhas, sem furos.
Tentar se conter
Querer libertar
Deixar de sofrer
Parar de sonhar.
A busca contínua
Infinita, uma sina
Uma vida, um momento
PRESENTE tormento.


Paulo

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Agosto


Era o primeiro dia de agosto.
Seu queixo no peito fincado
entre paredes de madeira guardado... jazia.

Não sei que horas o relógio batia.
Não tinha!
Mesmo que houvesse, um que batesse, eu não ouviria.

Foi nesse dia que eu comecei a ter medo
de desvendar o segredo
da morte!

sábado, 1 de agosto de 2009

Passando pelo Horizonte


Esta é mais uma figura do meu Horizonte.
Em sonhos de hoje não reclama os de ontem.
Vive cada dia!
Olha para o céu e agradece cada folha de papel
que o homem joga.
A natureza não maltrata!
Limpa a rua e a folha de papel cata.
E, assim, os seus sonhos vão
... soltos pelo chão!
Sujeito acanhado, corpo minguado.
Sorriso espremido!
E eu fico imaginando quantos sonhos coloridos
nesse nobre coração.
Sonhos de papel, de papelão...
Assim é essa figura!
Estranha e nobre criatura
que vive hoje, sem saber do amanhã.
E sem falar do ontem...
Passa pelo Horizonte.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sombra e água fresca

Não me assombro que tu queres sombra.
E na água fresca queres molhar teu rosto.
Se é por gosto...
Que seja assim!
Desde que fiques longe de mim.

O meu corpo eu suo bem.
E não descanso à sombra de ninguém!
A minha árvore eu plantei, ensinaram-me a plantar.
Não tenho tempo de ficar à toa.
Em sombra alheia a sombrear.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Coronela

E lá vai ela- A Coronela!
Fardada de bruxa...
Só dá ela!

Gesticula e alto fala.
Pula de raiva.
Olho arregala.
Pensa que berro
vence batalha.

Dela, eu não tenho medo não.
Pode vir todo o batalhão.
Pensa que é A Coronela!
Que pena eu tenho dela.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Luís Eduardo

Realmente, o que vale na vida são os bons momentos. Que você, Luís Eduardo, desfrute da vida todos os bons momentos.
Parabéns Luís!
Com carinho de todos nós Maraláxianos.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Ensaio para Dudu

Voz solta no ensaio com as netas.
Na festa, a emoção sua voz embargou.
E emocionado cantou para Luís Eduardo.

Nesses momentos a emoção leva a viagens distantes.
Ao encontro com pessoas que, da nossa vida, foram levadas antes.
Tudo isso faz a voz embargar!

E com isso eu me ponho a pensar...
Que a vida compensa
Pela alegria e ternura imensa desses momentos.

Com um ano de vida
Luís Eduardo bateu palmas ao ouvir a sua canção.
Inocente alegria misturada à emoção.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Rio Amazonas

Rebelde, indômito.
Transbordante!
Semelhante a um rio
Com suas enchentes e vazantes.
Não vinha sozinho!
Chegava com a força que impulsiona o bom caminho.
Turbulento como as águas do Amazonas no oceano.
Impondo na leitura a sua cor, o seu gosto.
Não mostrava o rosto.
Da pele não sabiam a textura.
Pelos livros avaliavam a sua ternura.
Distante argumentava, da vida, a beleza.
E com o esplendor da natureza, ele ia se chocando.
Com a mesma força e rebeldia
Que águas opostas vão se encontrando.
Assuntos sobre livros partilhava.
E com eles inundava terrenos marginais.
Possuía marés, dos oceanos iguais.
Após essas enchentes ele partia.
Seguindo fluxo diferente,
como um rio cheio de corredeira.
E, de brincadeira, às mesmas águas, às vezes, ele retornava.
Em conhecimentos inundava!
E, depois... Sumia!
Nesse remanso ia anulando toda a correnteza.
Sem perder a beleza ou causar desaponto.
Sem causar desengano!
Era apenas um encontro
De um imenso rio e um oceano.

domingo, 19 de julho de 2009

Domingo

Passei a não gostar do domingo, cheira despedida.
Sempre há uma partida, uma dor.
Seja como for eu não gosto do domingo!
Fecha-se a porta e, na segunda, a esperança volta.

O trabalho é bendito e, nele, eu sufoco a minha dor e o meu grito.
Ele é, em minha vida, uma luz que ilumina com ternura.
Sufoca minha loucura, me penetra, é o que presta e me sustenta.
É o que me agüenta!

Ainda tenho minha Pasárgada, e quando não houver mais nada?
Quando esse lugar for embora?
Aí sim eu terei um domingo sem esperança, sem volta.
Aí sim, o domingo fechará a porta.

E como um domingo triste amanhecido, serei uma árvore morta.
Que desfolhe em mim, então, todo o meu ser.
E que todo o meu bem querer fique para a próxima folhagem.
Desnuda e muda esperando o outro verão.

Hoje é domingo, todos se vão!
E eu fico como folha caída, pela vida levada ao vento.
Mais um domingo, uma despedida
...
Tormento!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Pizzas nossas de cada dia

Tudo vai bem, tudo vai mal.
Nesse vai e vêm vão os pizzaiolos.
E chegam as pizzas temperadas com pré-sal.

Localizaram a pizza assada, no Planalto está a fornada!


Vou-me embora para Pasárgada de Manuel Bandeira.
A terra que sonhei é outra civilização.
Lá não tem pizzas, nem pizzaiolos.
Nem analfabeto e nem ladrão.


Todos pagam impostos, lá não tem corrupção!
Vou-me embora para essa Pasárgada.
Lá todos são iguais perante a lei.
Lá não tem Lula e nem Sarney.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Saudade me leva

Teria ficado melhor, não fosse a pessoa que filmava.
Foi a emoção. Sempre ...
MUITAS EMOÇÕES !
Portanto, tudo o que eu escrevesse aqui seria pouco,
diante do que você, e essa canção, representa para todos nós. Parabéns!
Que Deus o abençõe sempre.
Com carinho e eterna gratidão.

sábado, 11 de julho de 2009

Minha cura

Escrevo assim desde a primeira vez
Para expor a minha loucura.
Ou para não perder a minha lucidez.

Não fui aprisionada, nem por choque maltratada.
Meu vão diálogo é que foi desesperado.
E, sem resposta, como louca alcunhada.

Não sei representar.
No teatro da vida sou um fracasso como atriz.
Ou eu estou triste ou bem feliz.
E, feliz, eu sou louca, pela vida desvairada.

Já gritei, já falei e chorei desesperada.
Agora eu escrevo.
E não me atrevo a dizer que estou curada.
Dizem-me louca... Sou nada!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Pesadelo

E no quarto escuro a criança sentia medo.
Medo da noite que se aproximava.
Como se monstros aparecessem
o grito ela sufocava.

E quando sonhava...
Era a sala, o mesmo morto...
O mesmo homem!
Não lembrava o nome, mas era familiar.

A noite vinha com o silêncio tumular
E trazia com ela o medo.
No túmulo o segredo, a sala, o morto...
E nesse horto um homem!

No fechado sepulcro um nome.
No luto guardado...Culpados!
Como se, da morte, a criança tivesse participado.

E vinha a noite...
E trazia com ela o medo.
Do segredo da morte.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

domingo, 28 de junho de 2009

Na varanda da Maraláxia

Vídeos primeiros da Maraláxia.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Um lobo

Tinha um jeito indecente.
Escancarado e imprudente vigiava com safadeza.
Explorava da mulher toda a beleza.
Até deixá-la nua.

E, quando conseguia, ele saia novamente pela rua.
Nova caça para o lobo, que não era bobo, nem mau.
Só que, para devorar mulheres,
não havia outro lobo igual.
Com aqueles horríveis dentes ele sorria.
Após cada ataque ele saia.
E pela rua novamente... Uivava o indecente.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Parabéns Carolina

Minha menina...
Seu sorriso, um dos mais lindos que conheci.
E tantos deles, pela distância, eu já perdi...
Que fico pensando de que vale essa jornada.

Desde o útero, tão, amada...
E eu mergulho nos mistérios desse mundo.
Quando em seus olhos fundos
Eu vejo a tristeza desenhada.

Não se preocupe...
A vida é um mistério!
Por, quase, nada.

E nesse dia, minha amada, desejo-lhe um mundo de magia.
Uma vida de alegria, de saúde e de esperança.
Nesse seu sorriso de criança encantada.

Você será sempre, por nós, a menina muito amada.
Você é linda de alma, você é linda!
Parabéns minha menina... Parabéns Carolina!

sábado, 20 de junho de 2009

Bálsamo

Viajou os teus em meus pensamentos.
Dos teus tormentos fez a minha vida.
Arrasta beijando meus pés.
Projeta em mim a fé de um pecador.
Tua dor quer que eu balsame.
Quer que eu te ame!
E por engano eu te amo.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Menino passarinho

Menino passarinho...
Quer sair do ninho e não tem asas para voar.
Então, de lindos cânticos ele se põe a assoviar.
Para o mundo de sonhos alcançar.

Não passa de um menino passarinho.
Sem sair do ninho, de galho em galho quer pular.
E assovia tanto, tanto... para alcançar a flor.
Que de longe sentem em seu cântico a sua dor.

Da flor ele só quer sonhar o mel.
Depois matar a sede na fonte
E ter o vôo mais brilhante no céu.

Ir de encontro à uma estrela!
Por tanto querê-la assovia o coitadinho.
Não consegue voar do ninho. Coitado do passarinho!

domingo, 14 de junho de 2009

Teatro doido

Ato I
Runidos os seguintes artistas: três dentistas, um padre e uma Senhora, designada por ela própria, a chefe do grupo.
Com voz alta e descontrolada falavam,argumentavam fatos inúteis e babavam concorrendo a um maior desatino. Eu estava lá como coadjuvante da peça insana. Minha participação era quase nula, pouco falava, apenas observava. Eu era a platéia!
Como platéia eu não aplaudi, nem achei graça e também não chorei no final da peça. Só interferi quando um louco próximo se descontrolou e começou a babar. Não agüentei!
Defendi meu espaço, pulei da arquibancada e avancei no tabuleiro do menino do algodão doce que passava no meu imaginário enlouquecido. Agarrei um chumaço de algodão melado e tapei a boca do meu louco. Não conseguindo babar, ele começou a chorar. Coisa de louco!
Ficou decidido então que fosse interrompida a peça naquele comovente momento e que continuasse na residência dos idosos, desde que todos fingissem não ter havido o encontro anterior. Selaram o pacto, com um grito de guerra: EEEERRRRRRRRRRR
E partiram!
Chegando lá, na residência do casal, todos mentiram, fingiram o primeiro encontro. Detalhe: inclusive o padre! Aliás, nesse momento havia mais um padre e uma freira que participavam da encenação.

Ato II: Almoço - Arroz com macaúva e salada de coquinho e " garaná " . Louco adora GARANÁ! Sobremesa: Jatobá com geléia de jaca.
Virou uma pasta gosmenta na boca dos loucos e, assim melosos, conversaram com o casal de idosos. Ficou decidido então que, um dos loucos ficasse com o cartão de crédito do idoso desde que, não o mascasse, mordesse ou comesse. O outro levaria o carro do idoso. Eu, que estava na platéia, segui o segundo louco, não sabia se o carro e o louco chegariam ao lugar determinado, afinal o carro era velho e eram alguns quilômetros a serem percorridos. Saí correndo atrás dele quando ele saiu correndo com a direção na mão:
Buuuuuuuuuuuuuubibi!
Os padres e a freira sairam de cena nesse momento e os idosos ficaram.
Na estrada eu senti uma dor no peito e uma vontade imensa de voltar. Não fosse o louco que eu seguia...

sexta-feira, 12 de junho de 2009

tribalistas - velha infancia

E viva o amor!

Meu namorado

Na juventude o afeto louco, irrefletido e cego.
Depois o que sustenta é o afeto raciocinado.
Embasado em uma razão convincente.
Penso que se têm mil razões para estar triste.
Têm-se mais mil razões para estar contente.
E assim, o afeto cego, desinteressado...
No coração fica guardado, aquilatado!
Sentimentos, às vezes, são irretribuídos.
Traídos ou pelo outro usado...
Mesmo assim sobram bons motivos para pensar.
E nisso eu tenho pensado!
Muita coisa aprende-se com o passado.
Filhos crescem e vão embora...
Sobram duas pessoas sob o mesmo teto.
Que importa o nome do afeto?
Amor engloba afeição, ternura, carinho...
Ninguém gosta de ficar sozinho!
E dos namorados enamorados...
Duas pessoas, lado a lado, caminham.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Indefinido encontro

Ando por aí e vivo.
Vivo como se a vida me pedisse para ficar.
E eu fico e não me desespero.
Da vida eu espero mais.

Sou cheia de princípios.
E sei que a vida tem começo, meio e fim.
Do começo eu já paguei o preço
Da minha inexperiência, da minha crença e ingenuidade.

Agora, nessa metade, eu espero o meu eterno encontro.
Sei que nesse ponto será o fim.
Então eu fujo...
Fujo de mim!

Se perguntarem por mim diga que eu vivo.
E pela vida afora eu vou.
Que de mim não sabe.
Pois nem eu sei onde estou.

sábado, 6 de junho de 2009

Leviana ternura

Leviana ternura
Me leva a um mundo sem fim.
Os sonhos assim me levam.
Perdida, bem longe de mim.

Da vida só tenho promessas.
Devaneios eu tenho em mim.
Me leva ternura, me leva..
Me leva a um lugar assim.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Nau perigosa

Nau perigosa...
Guerreia no mar.
E ao atracar em terra
Encerra o disforme.

Sua fraqueza incorpora o homem.
Transforma o suave vento em tempestade.
O bem em maldade, a alegria em dor.

Seja como for... navega.
A tripulação não entrega.
E mesmo nas tristes noites
... Navega!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

BROTO LEGAL.wmv

E assim, nesse clima de magia, eu conheci o Lindo.
Em um baile " Funk " .
Lááá na nossa Maraláxiauma.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O tempo passa, os bichos crescem

Ainda bem que você não me chamou de gatinha.
E quando me vesti de coelhinha você achou graça.
É... o tempo passa!
E os bichos crescem, se transformam.

O bebezinho vira homem.
O bezerrinho, boi ou vaca.
Dificilmente um touro...
Às vezes uma anta, um cavalo.

E nessa alomorfia, do ursinho acaba a alegria
Quando se transforma em porco ou porca.
E o que tirava o fôlego, agora sufoca.
E os sonhos viram pesadelos.

Do cuidar ao desmazelo é um pulinho.
Legumes, não mais!
Nem mais meu chuchuzinho...
E o pé gelado que era aquecido pelo outro
Com tanto carinho...
Vira sofrimento ao simples tato.

E ao ver o retrato, que tristeza!
A beleza de outrora foi embora.
O que sobra então, agora, é a sabedoria.
Que surge com o tempo.
Não, não há lamento!

O casamento é bom. Muito! Agradeço a Deus pelo dia em que conheci o Lindo.
Peço a Deus sempre coragem e muita, MUIiiiTA PACIÊNCIA!
Porque se pedir que me dê forças... Ai , eu bato nele!
De brincadeirinha, claro!

domingo, 24 de maio de 2009

Hospício

Eles eram loucos, todos eram!
Cada qual era portador de um tipo de loucura, em maior ou menor grau. Deviam ser acorrentados, exorcizados ou até mesmo queimados como os bruxos da idade média. Mas, não!
Eles andavam livremente, infiltravam nos ambientes ditos normais, escolhiam suas presas e tentavam enlouquecê-las.
Aparentavam, inicialmente, normalidade, depois eles tentavam sugá-las com a ânsia dos vampiros esquizofrênicos para torná-las parte deles. E foi assim, que eu entrei em um hospício e conheci, de perto, um casal de loucos.

Não sei bem quem foi presa, quem foi predador.
Os dois eram loucos!
Um sustentava a loucura do outro.
Personalidade fragmentada, dissonante da realidade.

Maldosos, ardilosos!
Muito mais loucos do que supunha a própria loucura.
Tentei dissuadi-los. Em vão!
Mantive a calma, embora assustada.
Vi naqueles olhares o olhar do demônio cuspindo fogo.
E na voz demoníaca eu ouvi sons gritantes, que pareciam sair do fundo da garganta, esbarrando na língua vermelha, jorrando sangue de maldade em cada palavra proferida, tropeçando na face palatina dos enormes incisivos superiores. Horrível!

Gritavam tanto, tanto... e tão alto que, no canto da boca parecia espumar uma saliva grossa, manchada de sangue, de ódio.
Diante de tamanha loucura eu senti medo inicialmente, depois pena. Muita pena! Senti, de perto, o horror do calor do inferno, na chama de ódio que aflorava do coração daqueles dois.
Meu Deus... que pena!
Como pode haver paz em seres assim?
Como podem renegar a própria origem?
São loucos... eles são!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Sonhe- me

Sonhe-me como se virgem eu fosse.
E, em tantas coisas, eu sou.
E sinta dessa virgindade o calor.

E quando sentir saudade...
Basta em mim pensar.
Tão somente dormir e comigo sonhar.

Se eu sou sonho, sonhe...
Eu estarei sempre no mesmo lugar:
Em seus sonhos!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Amizade

Não me siga talvez eu não seja um líder. Não ande à minha frente, talvez eu não te siga. Simplesmente ande ao meu lado e seja meu amigo. (Camus)

Aos meus amigos queridos

O que se espera nessa esfera é paz.
E eu espero em paz viver.
Para quando eu morrer viver em paz.

O que me apraz é a amizade.
Que nessa cidade eu encontrei.
O mundo tem relações abstratas, eu sei.

Mas, por onde passarmos devemos deixar algo bom.
Concreto!
Somos seres dependentes de afeto.

E assim as relações boas vão se desenvolvendo.
Sem querermos nada em troca, o bem vamos fazendo.
E, um dia, quando menos esperamos, acontece!
E um anjo bom aparece:
Um amigo!

Agradecimentos especiais a vocês, meus amigos, desse Horizonte imenso.
Sinto, aqui, o aconchego no coração de cada um de vocês.
E o calor do abraço nos braços seus.
Obrigada pelo carinho e amizade.
Eternamente grata!
Hoje em especial aos meus amigos:
Gustavo, Lúcio, Ricardo e Celso.

Ana Cláudia

Para falar de Ana.
Falo de olhos amendoados.
De olhos que olham de lado.
Sorrateiramente desconfiados.

Para falar de Ana...
Falo de Ana Cláudia, nome completo.
Falo de gargalhadas.
Falo da graça do afeto.

Da Ana mãe de Ana.
Falo da Ana Laura.
Que parece a minha Ana que reclama.
Ana Laura que Ana Claúdia ama.

De olhar também desconfiado!
Olha de lado.
Cabelos anelados.
Meio despenteados.

Ana filha,Ana mãe.
Na família muitas mais.
Todas são especiais.
Diferentes ou iguais.

Inicio Ana com A do final.
Termino Ana com A inicial.
Tudo vira Ana.
Tudo fica igual.

A
N
A

Todas são muito especiais!
Mas, como hoje é seu aniversário Ana – Ana cláudia.
Parabéns a você.
Sempre com o meu carinho.

sábado, 16 de maio de 2009

Galhos secos- Os mais belos!

Para minhas Tias- Mães

O encanto um dia houvera.
No canto houve a primavera.
Do mesmo canto voou o encanto.
Sobrou inverno dessa quimera.

Do outono fez o sertão.
Verão não houve, nunca mais não.
Acabou o encanto que um dia houvera.
Verão não houve, nem primavera.

O que sobrou da bela estação?
Só galhos secos.
Brotam mais não!

Então eu olho meus galhos secos.
Penso na chama, sai do fogão.
Dele vem tanto calor...
Cuido dos galhos com o meu amor.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Mulher a caminho

No rosto, o cansaço.
No braço, a pequena mala.
A mão embala a lágrima caída.
E, na plataforma, o corpo em forma, desordena.
E recupera!

A mulher que espera pensa na vida.
Abriga no peito a ferida.
Ouve assovios...
Ignora!

Carros passam...
Vão embora!
Sozinha na rodovia.
Calma, ainda é dia!

E a mulher não se desespera.
Olha para o céu. Lá, um de seus anjos mora.
Ferido, outro anjo, agora.
E a mulher, a caminho, chora.

( Km 124 )